NOTÍCIAS
Comitê discute inclusão de pessoas com deficiência no Sistema de Justiça
17 DE AGOSTO DE 2022
Ações que assegurem o atendimento dos direitos e garantias e contribuam para ampliar a inclusão de pessoas com deficiência no Sistema de Justiça estiveram no foco dos debates do Comitê de Pessoas com Deficiência no Âmbito Judiciário, que se reuniu nessa terça-feira (16/8), no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Criado pela Portaria CNJ n. 222/2022, o grupo conta com magistrados de todos os ramos de Justiça, Ministério Público, Poder Executivo, juristas e professores e é responsável por formular os eixos de uma política inclusiva que será adotada pelos tribunais.
Presidente do Comitê, o ministro Reynaldo Soares Fonseca, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), explica que o trabalho é desenvolvido a partir da perspectiva de inclusão da pessoa com deficiência. “Estamos diante de um grande desafio, que é colocar essas pessoas dentro do sistema do processo judicial.” Segundo o ministro, já foi detectada a necessidade de atuar em questões relacionadas ao currículo de formação de magistrados e magistradas e na melhoria dos bancos de dados para obtenção dos quantitativos de processos judiciais relacionados ao tema.
“O Sistema de Justiça tem que acolher a pessoa com deficiência, independentemente de procura específica. Nós temos que buscá-las e efetivar a promessa constitucional relativa à inclusão no aparelho estatal e no tecido social”, afirma Reynaldo Soares Fonseca. Ele observa que o Poder Judiciário mudou e cria comitês voltados para incluir pessoas vulneráveis ao mesmo tempo que adota um novo olhar, tanto para o público interno, quanto externo. “Dessa forma, estamos cumprindo melhor a nossa finalidade, ou pelo menos iniciando cumprimento dessa finalidade.”
O conselheiro do CNJ Sidney Madruga, coordenador do Comitê de Pessoas com Deficiência no Âmbito do Judicial, classificou a reunião como produtiva e ressaltou que o encontro apontou os caminhos que deverão ser seguidos. “Ultrapassamos a pauta inicial e tratamos de uma série de temas fundamentais que envolvem atualização da nomenclatura e criação de cursos de formação de novos juízes e servidores do Poder Judiciário. Vamos trabalhar a questão de concursos públicos com normas cogentes para promover o ingresso magistratura de pessoas com deficiência, incluindo magistrados e servidores dos tribunais.”
Na avaliação da professora Luciana Garcia, do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) e integrante do Comitê, a reunião proporcionou debates fundamentais como a criação de mecanismos que possibilitem ao Judiciário brasileiro alterar determinadas nomenclaturas em ações judiciais sobre pessoas com deficiência. Como exemplos, ela defende a alteração de expressões, como “incapacidade” por “capacidade” e “interdição” por “curatela”.
A aproximação do Comitê com o Departamento de Pesquisas Judiciárias do CNJ também é apontada pela professora como outra ação fundamental que deve ser promovida. Segundo ela, o objetivo é a realização de levantamentos de boas práticas adotadas nos tribunais para viabilizar o acesso pessoas com deficiência ao Poder Judiciário. “Também pretendemos produzir uma seleção de decisões judiciais, tanto de primeira instância, quanto de tribunais, sobre o direito de pessoas com deficiência, criando um banco de dados acessível que poderá orientar todos os membros do Sistema de Justiça.”
Texto: Jeferson Melo
Edição: Thaís Cieglinski
Agência CNJ de Notícias
Veja mais fotos no Flickr do CNJ
(use as setas à esquerda e à direita para navegar e clique na imagem para a acessar em diferentes resoluções)
The post Comitê discute inclusão de pessoas com deficiência no Sistema de Justiça appeared first on Portal CNJ.
Outras Notícias
Portal CNJ
PR: Capacitação e pesquisa reforçam combate à violência contra mulheres
16 de agosto de 2022
Nessa segunda-feira (15/8), durante sessão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), foi...
Anoreg RS
Pautas da categoria são atualizadas em reunião mensal do Fórum de Presidentes da Anoreg/RS
16 de agosto de 2022
O encontro aconteceu por meio da plataforma Zoom e foi coordenado pelo presidente da Anoreg/RS, João Pedro Lamana...
Anoreg RS
Medidas Provisórias em trâmite na Câmara dos Deputados poderão perder a validade
16 de agosto de 2022
Dentre as 16 MPs estão as Medidas Provisórias que tratam do FGHab, ANPD e receitas patrimoniais da União.
Anoreg RS
Live – Enunciados da I Jornada de Direito Notarial e Registral do CJF
16 de agosto de 2022
Webinar é promovida pelo Registro de Imóveis do Brasil com apoio do IRIB e será transmitida pelo YouTube.
Anoreg RS
Não cabe usucapião contra imóvel de banco em liquidação extrajudicial, diz STJ
16 de agosto de 2022
Não é permitido o ajuizamento ou o curso de ações de usucapião após a decretação da liquidação...