NOTÍCIAS
Cristo Redentor ganha iluminação laranja por mulheres vítimas de violência
25 DE NOVEMBRO DE 2022
O Cristo Redentor, um dos mais belos cartões portais do Rio de Janeiro, anoiteceu iluminado na cor laranja nesta quinta-feira (22/11). A ação, que contou também com a realização de um ato inter-religioso, homenageou as mulheres vítimas de violência doméstica e feminicídio. Integrantes da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Coem) do Tribunal de Justiça do Rio, membros da rede de enfrentamento à violência contra a mulher e líderes de diversas religiões participaram da cerimônia.
A reunião foi organizada pela Coem em alusão à campanha mundial dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”. A desembargadora Suely Magalhães, coordenadora da Coem, falou sobre a atuação da coordenadoria no enfrentamento à violência doméstica. “A Coem tem a função de criar condições para que nossos magistrados possam atuar no combate à violência contra a mulher. A coordenadoria cria projetos para que a vítima tenha condições de sobreviver, além de ter justiça”.
Em sua fala, a juíza Adriana Ramos de Mello, membro do Coem e titular do I Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, destacou que o Brasil é o quinto país em mortes violentas de mulheres. “Hoje não é uma data de comemoração, é dia de reflexão. Essa campanha busca mobilizar a sociedade e conscientizar sobre a importância de se buscar a paz social, a liberdade e a igualdade entre homens e mulheres. Estar aos pés do Cristo Redentor, nessa data, é muito simbólico”, disse.
A defensora pública Flávia Nascimento e a delegada Gabriela Von Beauvais, diretora do Departamento Geral de Polícia de Atendimento à Mulher, destacaram o trabalho realizado pela rede de combate à violência doméstica. “É uma noite de homenagem, respeito, reflexão e orações. É uma alegria vivenciar esse evento ao lado dos integrantes da rede. Acredito que nosso compromisso contribui para transformação social e salvar vidas”, considerou a defensora pública.
“A minha palavra é de solidariedade às famílias das vítimas de feminicídio. Às vezes bate um cansaço, mas continuo aguerrida no trabalho, pois sei que fazemos a diferença na vida das pessoas. Os números mostram, por exemplo, que a maioria das vítimas não tinham medida protetiva. A medida protetiva salva vidas”, afirmou a delegada.
Joyce Trindade, Secretária Municipal de Políticas e Promoção da Mulher do Rio, destacou a presença e o apoio dos líderes religiosos como fundamental para a mobilização da sociedade. “Estamos lutando pela vida, pela segurança e pelo futuro de todas as mulheres”.
“Tenho a dizer uma palavra: esperança. E quero enfatizar que a vítima não está sozinha. Dias melhores virão”, desejou a procuradora de Justiça do Ministério Público, Carla Araújo. Também fizeram uso da palavra Glória Maria Barreto, líder da Ronda Maria da Penha da Guarda Municipal do Rio; Silvia Gonzaga, do Santuário Cristo Redentor; Luzia Lacerda, do Instituto Expo Religião; e os líderes religiosos Daniela Urzua, representando a religião islâmica sunita; Ângela Delou, representando o Espiritismo; e Paulo Maltz, diretor de relações inter-religiosas da Fierj. O pastor Edvaldo Nascimento, da Nova Igreja; Mônica de Sá, representando as religiões de matrizes africanas; Kunti Devi Dasi, Hare Krishna; e a irmã Kelly Cristina, da Igreja Católica; também se pronunciaram. Os líderes religiosos demonstraram apoio à causa e defenderam o acolhimento da mulher vítima de violência.
Ao fim do encontro, o Padre Omar Raposo, reitor do Santuário Cristo Redentor fez uma oração.
“Estamos certos de que essa celebração é histórica. Que possamos assumir um compromisso de proteção e cuidado em relação à vítima de violência”, disse. Também compareceram à cerimônia o desembargador Caetano Ernesto e as juízas Luciana Fiala, Camila Guerin e Renata Medina.
A celebração contou com apoio conta com o apoio da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (Coordenadoria de Defesa da Mulher); Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher); Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (Departamento-Geral de Polícia de Atendimento à Mulher); Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (Patrulha Maria da Penha); Guarda Municipal do Rio (Ronda Maria da Penha); e Secretaria Especial Municipal de Políticas e Promoção da Mulher.
The post Cristo Redentor ganha iluminação laranja por mulheres vítimas de violência appeared first on Portal CNJ.
Outras Notícias
Anoreg RS
STJ busca conciliar segurança do testamento e respeito à manifestação da última vontade
11 de outubro de 2022
É assim que, por exemplo, surgem casos como os de testamento público sem assinatura do tabelião, testamento...
Portal CNJ
Poder Judiciário eleva índice de maturidade em tecnologia para 79,14%
11 de outubro de 2022
O nível de maturidade em Governança, Gestão e Infraestrutura de TIC do Poder Judiciário continua em crescimento....
Portal CNJ
Botão do Pânico: Judiciário do MT já ajudou a preservar vida de mais de 5 mil mulheres
11 de outubro de 2022
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) já preservou a vida de mais de 5 mil mulheres vítimas de violência...
Portal CNJ
Semana da Conciliação: Justiça do Trabalho da Bahia seleciona processos
11 de outubro de 2022
O Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-5) já está inscrevendo processos para a pauta da XVII Edição da...
Portal CNJ
Segundo turno 2022: Justiça Eleitoral reabre curso a distância para mesários
11 de outubro de 2022
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibiliza, a partir desta segunda (10), conteúdo para as mesárias e os...