NOTÍCIAS
Normas para gestão de precatórios serão atualizadas
05 DE ABRIL DE 2022
A fim de atualizar e aperfeiçoar as normas que regulamentam a atuação dos tribunais na gestão dos precatórios, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) criou um grupo de trabalho responsável por revisar a resolução atual que trata do tema, adaptando as regras às recentes modificações constitucionais.
Instituído pela Portaria CNJ n. 103/2022, o grupo de trabalho possui sete integrantes, sendo cinco magistrados representantes de cada segmento de Justiça, um representante dos credores e um do devedor, no caso a União.
A administração dos precatórios é feita por meio das determinações da Resolução CNJ n. 303/2019 e o objetivo do GT é adequar o ato normativo às Emendas Constitucionais 113 e 114 aprovadas pelo Congresso Nacional no ano passado.
As normas estabeleceram um novo regime de pagamento para esses compromissos devidos pelos entes público alterando a data de encaminhamento dos precatórios – que passa de 1º de julho para o dia 2 de abril de cada ano.
Entre as modificações, os precatórios que não forem pagos em determinado ano em razão do limite de pagamento terão prioridade nos anos seguintes. Essa nova dinâmica vai criar um estoque dessas obrigações ano a ano, uma espécie de fila, que terá que ser administrada, com regras específicas também para os precatórios de caráter prioritário.
Requisições de pagamento devidas pela instância pública (federal, estadual ou municipal) após julgamento de processo judicial, os precatórios compõem um estoque estimado em dezenas de bilhões de reais, em fluxos de pagamentos para o encerramento dos processos julgados que são gerenciados pelo Poder Judiciário.
Considerando a importância do tema, o impacto para os cofres públicos e a necessidade dos credores, o grupo recém-criado irá rever as normas de gestão dos precatórios à luz das determinações do novo regime de pagamento indicando aos tribunais a forma de atuação a partir das novas regras.
“Vamos atualizar a resolução considerando as Emendas Constitucionais 113 e 114 e simplificar o assunto utilizando palavras e termos mais simples e diretos para facilitar a administração dos precatórios pelos gestores”, informou o secretário-executivo do Fórum Nacional de Precatórios (Fonaprec) e juiz do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), Lizandro Garcia Gomes Filho.
Ao adaptar as normas e tornar direta a linguagem, a finalidade também é dar suporte aos tribunais para o gerenciamento das filas de pagamento que irão ser formar a partir do escalonamento previsto no novo regime de pagamento dessas obrigações.
Além de administrar o pagamento dos precatórios, os tribunais também são os responsáveis pela atualização monetária dos valores a serem pagos, de forma que também os procedimentos para o cálculo da correção serão padronizados em norma definida pelo CNJ.
Em março, o Plenário do CNJ aprovou por unanimidade alteração na Resolução CNJ n. 303/2019 a partir da EC 113/2021 em que foi definido que, nas discussões e nas condenações envolvendo a Fazenda Pública, haverá a incidência, uma única vez até o efetivo pagamento, do índice da taxa Selic acumulado mensalmente independentemente da natureza do precatório e para fins de atualização monetária, de remuneração do capital e de compensação de mora.
Conforme Lizandro Garcia, o grupo vai trabalhar para concluir a atualização das regras no prazo de 90 dias e apresentar uma nova proposta de resolução sobre o tema ao Plenário do CNJ ainda neste semestre. A primeira reunião será feita nos próximos dias para a definição da metodologia a ser usada e cronograma de entregas. A iniciativa do CNJ em criar o grupo e rever as normas leva em conta que é sua atribuição constitucional orientar os tribunais sobre a nova disciplina constitucional dos precatórios.
Luciana Otoni
Agência CNJ de Notícias
The post Normas para gestão de precatórios serão atualizadas appeared first on Portal CNJ.
Outras Notícias
Anoreg RS
Projeto submete ao Código Civil a locação de imóvel rural para geração de energia
04 de março de 2022
Deputado explica que o aluguel de áreas para geração de energia renovável não pode ser objeto de arrendamento...
Anoreg RS
Proposta prevê possibilidade de guarda compartilhada de animais
04 de março de 2022
Projeto também trata da obrigação das partes de contribuir para a manutenção dos animais de estimação
Anoreg RS
Artigo – Crescimento na procura de registros de união estável no Brasil: Há reflexos no direito à pensão por morte paga pelo INSS?
04 de março de 2022
O casamento e a união estável são entidades familiares abraçadas pela Constituição Federal. Contudo, no...
Anoreg RS
Definição de regime de bens em união estável por escritura pública não retroage
04 de março de 2022
A escolha do regime de comunhão de bens em uma união estável por contrato escrito produz efeitos ex nunc (desde...
Anoreg RS
União de esforços: Juliana Follmer fala sobre a importância do trabalho conjunto das entidades extrajudiciais gaúchas
03 de março de 2022
Conteúdo especial faz parte das ações de comemoração aos 25 anos da Anoreg/RS.