NOTÍCIAS
Pacto pela Primeira infância: Justiça terá política de garantia dos direitos das crianças
29 DE ABRIL DE 2022
Formular e implementar uma política judiciária de fortalecimento do Marco Legal pela Primeira Infância para promoção e garantia dos direitos das crianças com idade de 0 a 6 anos. Com esse anúncio o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) realizou nesta quinta-feira (28/4) a abertura do Seminário do Pacto Nacional pela Primeira Infância informando que a elaboração da nova política passa a ser atribuição de um grupo de trabalho criado pelo órgão de cúpula do Judiciário exclusivamente com essa finalidade.
Ao participar da abertura do seminário, o presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, chamou a atenção para a importância do Pacto destacando que a mobilização conta com 269 signatários, número que vai aumentar a partir de novas adesões que serão anunciadas durante o evento, que continua nesta sexta-feira (29/4). “Com a valiosa contribuição das instituições e órgãos parceiros, logramos alcançar resultados concretos significativos como, por exemplo, a realização de diagnóstico nacional que analisa o déficit de atendimento à população da primeira infância, elaborado com o apoio de pesquisadores e pesquisadoras com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud)”, informou o ministro salientando se tratar de um trabalho inédito no país.
Entre as ações postas em prática nos últimos três anos, Fux citou a oferta de capacitação para mais de 23 mil técnicos, servidores, psicológicos, assistentes sociais, conselheiros tutelares e operadores do direito em um trabalho coordenado pela Secretaria Especial de Programas, Pesquisas e Gestão Estratégica do CNJ. A apresentação dos diagnósticos e das ações ao longo do seminário compõem um balanço de resultados indicativo do ingresso do Pacto pela Primeira Infância – iniciado em junho de 2019 – em uma nova fase de atuação, que contará com o suporte de uma política judiciária específica que passa a ser formulada pelo CNJ.
Acesse os diagnósticos
“Passaram-se três anos e nesse período saímos de 45 entidades para quase 300 pactuantes em todo o Brasil. Evidentemente, foi uma grande ação e por quê? Porque é o que importa: as nossas crianças importam e o futuro desse país é o que importa. Não é à toa que todo o país tem se mobilizado na participação desse pacto, que não é do CNJ, mas nacional e de todos”, disse o presidente do Fórum Nacional da Infância e da Juventude (Foninj) e conselheiro do CNJ, Richard Pae Kim.
Pae Kim reforçou que a apresentação dos diagnósticos e dados não representa um encerramento do pacto, mas a entrega de resultados de uma primeira etapa. Na mobilização pelo fortalecimento do movimento e por novas adesões, o presidente do Foninj informou que nos últimos três anos foram realizados estudos, seminários, treinamentos e a divulgação de boas práticas da iniciativa privada dedicados a crianças com idade entre 0 e 6 anos.
Justiça começa na infância
Entre essas ações, a juíza auxiliar da Presidência do CNJ Trícia Navarro abordou o “Projeto “Justiça Começa na Infância” iniciado em 2020 pelo Conselho em um painel específico sobre essa iniciativa. Nesse período e considerando esse escopo de atuação, o CNJ criou e implementou a “Campanha se Renda à Infância” de destinação do Imposto de Renda para fundos da infância e adolescência; o Prêmio Prioridade Absoluta de destaque para boas práticas; a “Campanha Me Proteja”; e mais recentemente a inclusão de metas para a infância em ações da justiça estadual, federal e trabalhistas, que entram em vigor neste ano.
Outros destaques são o projeto de escuta especializada voltado a crianças de comunidades tradicionais vítimas ou testemunha de violência; o programa “Destrava” que tem auxiliado a retomada de obras paralisadas de creches públicas; e aprimoramentos feitos nas Tabelas Processuais Unificadas (TPU), que passaram a abranger ações da área da educação. Além disso, foram realizados seminários em formato virtual durante a pandemia reunindo centenas de participantes para tratar de temas da primeira infância.
Diversas autoridades participaram da abertura e do primeiro painel do Seminário, entre elas a ministra da Mulher da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Britto; o ministro da Cidadania, Ronaldo Vieira Bento; a representante do Unicef Brasil, Maíra Souza; o representante do Pnud, Carlos Arboleda; o diretor da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), Fabrício Macedo Motta; a presidente da Frente Parlamentar da Primeira Infância, deputada Leandre dal Ponte; o secretário-geral do Conselho Nacional de Defensores e Defensoras Públicos-Gerais, Rodrigo Baptista Pacheco; e o representante do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) José Augusto Peres Filho.
Acesso a creches
A coordenadora da Secretaria Executiva da Rede Nacional da Primeira Infância, Maria Aparecida Freire, ressaltou a importância do trabalho conjunto das entidades envolvidas no pacto abordando a importância da definição de ações, metas e objetivos direcionados para as crianças. Entre ações que merecem atenção, ela citou o acesso a creches, um direito essencial para garantir o desenvolvimento das crianças dessa idade.
“O Sistema de Justiça é o eixo finalístico e estruturante para mantermos a promoção e a garantia da criança como sujeito de direitos. Nesse sentido, diante do alinhamento com o que está sendo colocado na legislação e em estudos e pesquisas da área, a gente precisa unir forças porque há grandes desafios e só para citar um, no âmbito dos conselhos municipais de educação, o grande desafio é a judicialização do acesso à creche, uma questão que bate à porta da Justiça”, afirmou Maria Aparecida Freire.
O Seminário do Pacto Nacional pela Primeira Infância será encerrado nesta sexta-feira após uma programação extensa que inclui a divulgação de cinco diagnósticos temáticos relacionados à primeira infância, um trabalho inédito no país conforme antecipou o ministro Luiz Fux.
Luciana Otoni
Agência CNJ de Notícias
Reveja a abertura do evento no canal do CNJ no YouTube
Veja mais fotos no Flickr do CNJ
(use as setas à esquerda e à direita para navegar e clique na foto para a acessar em diferentes resoluções)
The post Pacto pela Primeira infância: Justiça terá política de garantia dos direitos das crianças appeared first on Portal CNJ.
Outras Notícias
Anoreg RS
Pais em cidades diferentes conseguem guarda compartilhada dos filhos
09 de maio de 2022
Decisão é da 3ª turma do STJ.
Anoreg RS
Mulher terá reintegração de imóvel que companheira de seu ex ocupou
09 de maio de 2022
Segundo a ex-esposa, o ex-cônjuge possui uma filha com outra mulher, que ocupava irregularmente imóvel de acervo...
Portal CNJ
Cartilha sobre prevenção ao assédio é entregue a gestores da Justiça do Ceará
09 de maio de 2022
Profissionais do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) estão engajados na luta contra o assédio e à...
Portal CNJ
Inscrições em concurso do TRT4 para analista e técnico judiciário vão até 31/5
09 de maio de 2022
O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4), no Rio Grande do Sul, abriu concurso para cargos de analista...
Portal CNJ
TO: Escritório Social realiza oficina do projeto Formação para Cidadania
09 de maio de 2022
Na quinta-feira (5/5), a equipe do Escritório Social de Palmas realizou roda de conversa com 11 pessoas do regime...