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Revista CNJ: artigo destaca a relevância das habilidades emocionais de magistrados
05 DE JULHO DE 2022
Artigo publicado na 1ª edição de 2022 da Revista Eletrônica do CNJ intitulado “Habilidades socioemocionais e o magistrado gestor: as soft skills como competências para a liderança organizacional” defende a aplicação do conceito na seleção e capacitação de magistrados do Poder Judiciário. De acordo com o artigo, os candidatos à magistratura deveriam ser selecionados não apenas a partir do conteúdo técnico que dominam, mas também levar em consideração essas outras habilidades cada vez mais valorizadas no mercado corporativo.
As soft skills são compreendidas como a capacidade de gerenciar as emoções tanto no nível intrapessoal quanto interpessoal, ou seja, são relacionadas ao comportamento do ser humano, como se expressa emocionalmente, como lida consigo e com os outros, se tem empatia e autocontrole. Por outro lado, hard skills são entendidas como as habilidades técnicas adquiridas através do aprendizado ou da experiência.
Segundo Jurema Carolina da Silveira Gomes, Larissa Garrido Benetti Segura e Paloma Machado Graf, autoras do artigo, o Poder Judiciário tem sido pressionado desde a década de 1990 pela mudança de paradigma do Poder Executivo, que passou a modernizar a gestão adotando um modelo de administração gerencial incorporando técnicas da iniciativa privada. Hoje, as funções gerenciais dos magistrados são amplamente reconhecidas.
Diante desse cenário, as autoras apresentam pesquisas e ideias de diferentes estudiosos para demonstrar que a arte da liderança está na mescla de habilidades técnicas e emocionais, “suaves” e “duras”, na tradução livre dos termos para o português. Sendo assim, do juiz gestor é exigido um papel de liderança que saiba administrar as competências comportamentais com a finalidade de promover uma gestão humanizada, com a construção de um ambiente de trabalho agradável que vai refletir em uma adequada prestação jurisdicional.
O texto destaca que se faz necessário repensar os processos seletivos e de capacitação dos líderes do Poder Judiciário com o intuito de valorizar habilidades socioemocionais tais como: autoconsciência, autogestão, empatia e habilidade social. Pois, muitas vezes são essas características que destacam o bom profissional. Como ilustrado nas palavras do estudioso, citado no artigo, Carlos Júlio “o que nos coloca no jogo é o que sabemos e aprendemos usando nossa capacidade cognitiva, mas o que nele nos mantém é como resgatamos a nossa própria humanidade”.
e-Revista
Publicada semestralmente, a e-Revista CNJ veicula trabalhos acadêmicos com foco no Poder Judiciário e na prestação de serviços jurisdicionais no Brasil. A publicação segue requisitos exigidos pelo sistema Qualis-Periódicos, que é gerenciado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
A produção do periódico é coordenada pela Secretaria Especial de Programas, Pesquisas e Gestão Estratégica do CNJ e a organização é de responsabilidade do Departamento de Pesquisas Judiciárias. Todos os artigos enviados para apreciação são analisados tecnicamente por pareceristas anônimos, com doutorado na área e indicados pelo Conselho Editorial da e-Revista do CNJ.
Texto: Thayara Martins
Edição: Thaís Cieglinski
Agência CNJ de Notícias
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