NOTÍCIAS

Com Serp, integração de base de dados de cartórios aperfeiçoa serviço do Judiciário
26 DE MARçO DE 2024


Está prestes a começar a funcionar ecossistema único que conectará todas as serventias de registros públicos do país e suas informações em uma só rede. O Sistema Eletrônico dos Registros Públicos (Serp) entrará em funcionamento até o final do mês de março, inicialmente, em versão voltada ao Poder Judiciário e a órgãos públicos, o Serp-Jud. A ferramenta simplificará a consulta a toda base de dados dos cartórios extrajudiciais.

Os avanços que esse núcleo de plataformas dos sistemas registrais do Brasil trará ao cidadão brasileiro foram tema do Seminário do Sistema Eletrônico dos Registros Públicos (Serp), na sexta-feira (22/3), na sede do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em Brasília (DF). A perspectiva é de que, num futuro breve, qualquer pessoa, em qualquer unidade da federação ou do exterior, possa dispor de todos os serviços dos cartórios de registro civil, de registro de imóveis e de registro de títulos e documentos por meio da internet.

“O Serp é um trabalho que resulta de mais de uma centena de reuniões”, disse o corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, na abertura do seminário. “Toda uma equipe de magistrados idealizou o sistema, juntamente com registradores, e posso dizer que estabelecer as linhas de funcionamento desse serviço foi o maior desafio que a lei entregou à Corregedoria”. O ministro Salomão fez referência à Lei 14.382, de 2022, que moderniza e simplifica os procedimentos relativos aos registros públicos de atos e negócios jurídicos.

A juíza auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça Liz Rezende de Andrade fez a apresentação, no seminário, sobre os avanços do Serp-Jud, em painel a respeito dos operadores nacionais de registros públicos e o Serp. “O cidadão terá a possibilidade de solicitar, da sua casa, no futuro, todos os serviços disponíveis nos cartórios de registros públicos do Brasil, com respostas eficientes, prontas e com a redução de custos, de forma unificada e simplificada, sem a necessidade de deslocamentos presenciais”, disse.

“Neste primeiro momento, com o Serp-Jud, um juiz que determinou a penhora em um processo de execução fiscal, por exemplo, poderá eletronicamente enviar a ordem de penhora de um apartamento, sem uso de papel, e-mail ou malote digital, ao cartório de registro de imóveis competente”, explicou a juíza Liz no evento.

Modernização e simplificação

Resultados preliminares de pesquisa intitulada “Preparação para a Inovação: Avaliando as Serventias Extrajudiciais para a Implementação do Sistema Eletrônico dos Registros Públicos (SERP) no Brasil” indicam como está a adaptação ao sistema por parte de quem atua nos cartórios. O levantamento foi feito pela Corregedoria Nacional de Justiça, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

As análises levam em conta as respostas em 2.454 questionários com 45 perguntas, que foram divididas de acordo com os sete eixos da pesquisa: perfil do registrador; localização e acesso das serventias; infraestrutura, conectividade e tecnologia das serventias; preparação e desafios na implementação do SERP; preparação e prioridade dos cartórios de registro de imóveis; preparação e prioridade dos cartórios de registro civil das pessoas naturais; preparação e prioridade dos cartórios de registro de títulos e documentos e civil das pessoas jurídicas.

Mesmo antes da conclusão do estudo, cuja apresentação do resultado final está prevista para o fim deste mês, os números apontam que a capacitação de pessoal é um desafio e evidenciam o esforço de restruturação interna que os registradores levam adiante para acomodar os novos processos digitais.

“As pessoas que atuam diretamente na prestação do serviço de registro são protagonistas dessa mudança e, com eles, vamos conseguir fazer com que o Serp evolua, que seja um exemplo de eficiência e de segurança no atendimento do cidadão e dos interesses da sociedade”, avaliou a conselheira do CNJ Daniela Madeira. “Não basta só a adoção de tecnologia, é preciso também que o usuário tenha essa consciência, que ele saiba que a inovação vai, também, facilitar a vida dele e de todas as pessoas da sua equipe”, disse a conselheira, que atuou na concepção do sistema.

O evento reuniu integrantes da magistratura e dos cartórios extrajudiciais do país – mais de 1,5 mil pessoas assistiram por meio do canal do Conselho no YouTube.

Estiveram presentes o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Sergio Kukina, e os conselheiros do CNJ José Rotondano e Pablo Coutinho Barreto. A conselheira Renata Gil e os conselheiros Alexandre Teixeira, Luiz Fernando Bandeira de Mello e Marcello Terto tiveram participação virtual no seminário.

Também acompanharam o evento os presidentes do Operador Nacionais do Registro Civil das Pessoas Naturais, Luis Carlos Vendramin Júnior, do Operador Nacional do Sistema de Registro Eletrônico de Imóveis, Juan Pablo Correa Gossweiler, e do Operador Nacional de Registro de Títulos e Documentos e de Pessoas Jurídicas, Rainey Barbosa Alves Marinho.

Livro

O Seminário do Sistema Eletrônico dos Registros Públicos (Serp) foi oportunidade para o lançamento do livro Sistema Eletrônico do Registro Público e sua Regulamentação. A publicação, coordenada pelo corregedor nacional de Justiça, reúne artigos escritos por magistrados, juristas, notários, registradores, acadêmicos e operadores do direito a respeito do sistema que traz a perspectiva de redesenho da burocracia e da segurança jurídica por meio de uma revolução na documentação e na autenticação.

“O Serp será caminho único para acesso a todo o sistema registral, com interconexão e interoperabilidade, com atendimento remoto a todos os usuários, e vamos precisar do auxílio das corregedorias para que capacitem os seus servidores e magistrados”, avaliou a também juíza auxiliar da Corregedoria Nacional Carolina Ranzolin, que também atuou na concepção do sistema.

A Corregedoria Nacional de Justiça, por meio do Provimento n. 139/2023 e do Provimento n. 159/2023, estabeleceu diretrizes para a organização do Serp, dos operadores nacionais de registros públicos e instituiu os respectivos fundos de implementação e custeio do serviço. “Esses recursos são de todos os registradores e vão auxiliar que, aqueles de menor porte, com problemas de sustentação, consigam se equipar para estarem num padrão mínimo de tecnologia”, disse Carolina. “É um apoio necessário para que se possa falar em integração de modo eficiente e seguro.”

Fonte: CNJ

Outras Notícias

Notícias

Avise. Salve. Doe!
21 de abril de 2023

Salve vidas através da doação de órgãos! Conheça a Central Notarial de Doação de Órgãos do CNB RS e saiba como manifestar sua vontade de doar gratuitamente em cartórios no Rio Grande do Sul. Com a interconexão eletrônica entre tabeliães de notas, hospitais e a Central de Transplantes, a doação de ór


Notícias

Somos Diamante
23 de novembro de 2022

No próximo dia 06/12, nosso Tabelião @alanlanzarin irá receber o prêmio em Brasília, completando a nossa jornada deste sonho até aqui e almejando os próximos passos para seguir com nossa excelência.


Notícias

Outubro Rosa no Nono Tabelionato
13 de outubro de 2022

Outubro chegou e a gente tem um recado bem sério pra você!


Notícias

Como estamos ajudando a transformar o nosso mundo?
28 de setembro de 2022

Você sabe sobre o nosso trabalho para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil?


Notícias

Campanha do Agasalho 2022
16 de maio de 2022

A partilha de bens tá diferente!


Notícias

O que você faz em 07 minutos?
09 de junho de 2021

Quando falamos que agilidade e eficiência definem nosso time, o assunto é sério…


Anoreg RS

Personagens Gaúchos: conheça o Registrador de Imóveis João César
10 de maio de 2024

Neste ano, o registrador completaria 89 anos O projeto “Personagens Gaúchos”, da Associação dos Notários e...


Anoreg RS

Mudança cultural e reforma na lei fazem explodir as recuperações extrajudiciais
10 de maio de 2024

Esse crescimento ocorre ao mesmo tempo em que o próprio Judiciário faz um esforço para impulsionar soluções...


Anoreg RS

Recuperação judicial e falências são temas de debate em evento do CNJ
10 de maio de 2024

Temas controversos e que demandam orientação serão discutidos durante o 2º Congresso Nacional do Fórum de...


Anoreg RS

Tragédia no RS: Judiciário inicia força-tarefa para emissão de documentos a vítimas
10 de maio de 2024

“O Rio Grande do Sul vive hoje um cenário de pós-guerra. Nesse sentido, o Judiciário pode devolver a esperança...